A autossabotagem pode ser um problema sério que está presente na maior parte dos ambientes de trabalho. Descubra agora como detectar a Síndrome do Impostor e o que fazer para superá-la.
Não ter confiança em si mesmo e sempre promover uma autoavaliação negativa pode ser sinônimo de Síndrome do Impostor, algo cada vez mais comum nas grandes empresas, principalmente agora, com a quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus e consequentemente o aumento da ansiedade.
Assim, o setor de Recursos Humanos costuma lidar constantemente com colaboradores que apontam alguns sintomas do problema e que precisam de ajuda para se livrar dele.
Nem sempre as evidências ficarão tão à mostra e, por isso, será preciso estar atento aos pequenos detalhes dessa condição. No artigo abaixo, você vai conhecer mais sobre a síndrome e alguns sinais de que ela já foi instaurada sem que fosse possível perceber. Boa leitura!
Afinal, o que é Síndrome do Impostor?
Ainda que possa parecer um termo relativamente novo para algumas pessoas, a Síndrome do Impostor pode chegar de maneira silenciosa, caracterizando-se como uma espécie de desordem de cunho psicológico.
Ela afeta desde as pessoas mais bem-sucedidas até aquelas que ainda estão passando por um período de ascensão, chegando inclusive nos estagiários.
Um dos principais sintomas de que um indivíduo sofre com a síndrome é a incapacidade de reconhecer tudo o que foi conquistado, menosprezando os seus feitos e dizendo que “não foi nada demais”. O ideal é que esse ponto de melhoria seja trabalhado constantemente, mostrando que o lado negativo deve ganhar.
Dessa forma, existe um misto de sentimentos envolvido naquelas pessoas que possuem a Síndrome do Impostor. É possível, até mesmo, compará-la com uma baixa autoestima.
O indivíduo não se vê capaz de criar um reconhecimento próprio e positivo, sempre acreditando que ainda não chegou onde queria ou que os seus feitos devem ser minimizados.
Na maior parte dos casos conhecidos, o portador da síndrome mescla insegurança, complexo de inferioridade, apreensão, medo de ser exposto e, até mesmo, sente-se em um eterno episódio de complexo de inferioridade.
Um dos principais motivos pelo qual isso acontece é o excesso de cobrança no núcleo familiar ou sobre si mesmo.
Sinais da Síndrome do Impostor
No ano de 2020, uma pesquisa foi realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), mostrando que, durante a pandemia, a síndrome acabou por se intensificar, visto que 46% das empresas brasileiras acabaram adotando o modelo home office.
Se você anda insatisfeito com as próprias conquistas ou não sabe valorizá-las da forma correta, ainda que as pessoas ao seu redor comemorem, cuidado! Você pode estar sofrendo com a Síndrome do Impostor.
Abaixo, conheça alguns dos principais sinais e saiba como se cuidar.
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Mais esforço do que o necessário
É muito comum que, pessoas novas em uma empresa, comecem a trabalhar de forma árdua para provar o seu valor e, com o tempo, ganhar uma promoção ou um aumento de salário.
No entanto, os sintomas começam a ficar preocupantes quando esse estágio já foi ultrapassado e o problema possui outra origem.
Fazer mais esforço do que aquilo que realmente é necessário está diretamente ligado com a Síndrome do Impostor.
Isso porque a obsessão por entregar resultados que, de alguma forma, possam justificar o sucesso acabam demonstrando uma falta de confiança em si mesmo. Sendo assim, é necessário buscar ajuda, para não causar um Burnout.
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Medo de ser exposto
Assim como mencionado anteriormente, pessoas que apresentam essa síndrome costumam ter medo de serem expostas. Isso acontece principalmente porque o indivíduo não quer ser reconhecido com aquela “falha” e, consequentemente, não se sentiria confortável, de nenhuma maneira, ao ser avaliado e julgado por terceiros.
Na maior parte dos casos, pessoas que sofrem com a Síndrome do Impostor acabam tentando passar sem ser percebidos, sendo bastante discretos e longe do centro dos palcos da vida.
É muito difícil que eles compartilhem sentimentos de insegurança ou incompreensão com os outros, mostrando-se cada vez mais retraídos.
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Rejeitar a própria essência
Mais um sintoma muito comum a respeito de quem possui a síndrome é a autodepreciação, quando você não consegue atribuir nenhum tipo de características positivas em si mesmo. Isso pode ser muito prejudicial para a autoestima e, consequentemente, para a rotina de trabalho, já que é provável que o indivíduo fique estagnado em um único estágio.
Cobrar-se mais do que deveria, não conseguir minimizar as próprias falhas e encontrar sempre um motivo para exaltar traços negativos de comportamento ou personalidade são sintomas explícitos da Síndrome do Impostor. Dessa forma, o indivíduo jamais acreditará que é bom o suficiente para chegar onde chegou.
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Se auto sabotar
Talvez este seja o sintoma mais comum e o mais preocupante de toda a lista. A pessoa com a síndrome não apenas irá negar as próprias conquistas, como começará a colocar cada vez mais empecilhos para crescer.
Isso será péssimo tanto para desenvolver relacionamentos interpessoais quanto para subir na carreira, já que ela acha que nunca merece nenhum tipo de conquista, seja na vida pessoal ou profissional.
É muito comum que uma pessoa com Síndrome de Impostor acabe observando o fracasso como seu único destino de vida. Isso gera uma sobrecarga de ansiedade, fazendo com que ele aja de maneira autodepreciativa e, consequentemente, não tente avançar com os seus objetivos.
Como é possível se livrar da Síndrome do Impostor?
Uma das principais formas de se livrar, de uma vez por todas, da Síndrome do Impostor, com toda a certeza, é reconhecendo que existe esse problema dentro de você. O reconhecimento de qualquer desvio psicológico já é o primeiro passo para a melhoria, pois deixa subentendido que há um desejo por melhoria, ainda que seja difícil.
Além disso, é preciso buscar um profissional competente, que tenha a capacidade de ajudar com o problema.
Ele será uma ponte para que o indivíduo alcance mais facilmente o autoconhecimento e possa evoluir gradativamente, com muita paciência para se livrar de todas as correntes que o prendem.
Um acompanhamento psicológico adequado poderá fazer com que o afetado pela Síndrome do Impostor descubra mais sobre os seus pontos fortes e talentos, fazendo com que eles sejam exaltados. Não é uma questão de se ver como superior, mas sim como igual e capaz, como todas as outras pessoas.
Além disso, valorizar as conquistas faz muito bem. Passamos a vida inteira em busca de nossos objetivos e, dessa forma, quando conseguimos degustá-los, o ideal é abraçá-los bem forte e nos sentirmos orgulhosos.
Se você identificou algum sintoma da Síndrome de Impostor, busque um profissional da área de psicologia. Sempre há tempo para encontrar um ponto de apoio!