Não há como negar que as redes sociais são ferramentas inovadoras e benéficas para todas as empresas, desde autônomos até marcas famosas. Isso porque essas plataformas ajudam a alcançar novos públicos, conectar-se com clientes e expandir a marca. Mas, as redes sociais podem substituir um site?
Algumas empresas confiam demais nas redes sociais, em detrimento do desenvolvimento de próprio site, o que as deixa altamente vulneráveis – sem que percebam.
Compreenda a seguir a relação das redes sociais com as estratégias de marketing e suas diferenças frente aos sites, bem como os riscos de apostar somente em um tipo de plataforma, compreendendo de uma vez por todas se elas têm potencial para substituir um site ou não.
1. Você não controla as redes sociais
Já parou para pensar que ao apostar apenas nas redes você investe a maior parte do seu tempo e dinheiro em uma solução que está além do seu controle, que tem algoritmos modificados frequentemente e dependem de tendências?
Ou seja, você não pode controlar o futuro ou a sobrevivência de uma plataforma de mídia social e não pode controlar como seu conteúdo será entregue aos usuários (seja de forma orgânica ou paga).
Os algoritmos mudam o tempo todo nas redes sociais e as empresas de sucesso podem perder o engajamento da noite para o dia, principalmente se não mantiverem a constância ou forem penalizados.
Se você administra seu próprio site, pode experimentar alterações nas classificações dos mecanismos de pesquisa do Google, que também alteram seus algoritmos.
No entanto, você tem o poder de agir e fazer melhorias quando isso acontecer, otimizando seu conteúdo com ações como criar post estratégicos, refinar as palavras-chave e trabalhar o SEO. Com a mídia social, você tem muito menos controle sobre tudo isso.
2. As plataformas de mídia social desaparecem e morrem
Pode parecer impensável, mas as plataformas de mídia social têm uma vida útil curta, mesmo as de grande sucesso.
Podemos considerar o Orkut neste exemplo. O que foi uma febre mundial, agora não passa de meme.
Outros exemplos são:
- Google+: resposta do Google às redes sociais, apresentou um crescimento constante nos seus primeiros anos, alcançando 200 milhões de usuários em 2019. No entanto, a plataforma foi desativada permanentemente após apenas 8 anos de uso, principalmente por conta de outras plataformas da época.
- MSN: a Microsoft comprou o Skype, com isso a rede perdeu investimento e foi encerrada entre 2013 e 2014.
- Fotolog: rede social de compartilhamento de fotos com baixo volume de postagens, praticamente encerrou sua atividade sem aviso prévio ou explicação.
- iTunes Ping: rede social baseada em música, durou apenas dois anos, apesar de ter sido lançada em 23 países e com uma adesão inicial de 1 milhão de pessoas.
- Friends Reunited: teve uma carreira sólida, com quase 16 anos. Em 2010 tinha 23,8 milhões de usuários, porém foi fechado em 2016.
Da mesma forma, é possível que um ou mais sites de mídia social nos quais as empresas atualmente investem, como Facebook, Twitter, YouTube, LinkedIn, Instagram e TikTok, também sejam encerrados nos próximos 10 anos.
Com isso, existe o risco do investimento nessas plataformas a longo prazo, considerando o potencial de retorno proporcionado e a rapidez com que podem ser encerradas.
Considerando este ponto, se as redes forem a principal fonte de marketing e conexão com os clientes, como sua empresa se adaptará caso uma das principais plataformas desapareça?
3. Nem todo mundo está nas redes sociais, mas quase todo mundo usa a internet
No Brasil, atualmente 90% dos lares brasileiros têm acesso à internet.
Além disso, dados recentes sugerem que quase 60% da população usa pelo menos uma mídia social, enquanto há ao menos 5,3 bilhões de usuários da internet no mundo que recorrem ao acesso geral da plataforma, como pesquisar no Google, por exemplo.
Então, se a sua dúvida é se as redes sociais podem substituir um site, saiba que a resposta direta para isso é não.
Afinal, ao considerar as estatísticas, usar somente as redes significa que você estará perdendo acesso de boa parte da população que está ativa na internet, mas não acessa as mídias sociais.
Inclusive, dependendo de quais canais de mídia social você usa, isso pode ser uma perda ainda mais significativa, principalmente ao considerar – por exemplo – que cada rede tem um perfil de usuário.
Assim, investir na criação de site, por outro lado, ajuda a tornar sua empresa acessível a uma maior parcela da população.
4. O uso de redes sociais pode diminuir
No geral, a tendência global continua sendo o aumento do uso de redes sociais.
No entanto, quando você divide isso por plataformas e dados demográficos, é possível verificar uma história diferente.
Por exemplo, o uso do Facebook entre pessoas de 18 a 24 anos caiu de 24% em 2012 para 16% em 2020. Isso é um declínio significativo e, se esse for o seu público-alvo, a mudança é ainda mais drástica para as estratégias de negócio.
Eventos externos também podem desencadear grandes mudanças no uso da mídia social.
Considere a aquisição do Twitter por Elon Musk em 2022. Em número de uso das contas do Twitter, acredita-se que no período de 27 de outubro a 1º de novembro (a semana da aquisição de Musk) 877.000 contas foram desativadas e 497.000 suspensas.
Assim, para saber se as Redes Sociais podem substituir um site, basta ver os números e notícias para avaliar que essa pode não ser a melhor ideia.
O que tudo isso significa para as empresas?
Isso significa que o ideal é não depender apenas das redes sociais para vender, comercializar ou alavancar as vendas.
Uma confiança excessiva nas redes sociais deixa você vulnerável. Afinal, o uso da mídia social pode diminuir, as plataformas podem falhar e sofrer interrupções.
Não há como negar que a mídia social no marketing é algo muito importante. Mas não se destina a ser a única ferramenta do seu negócio.
Por isso, manter um site empresarial junto com a mídia social é muito interessante, visto que reduz sua vulnerabilidade e significa que, em caso de problemas ou interrupções nas redes sociais, sua empresa estará sempre visível e disponível para o público por meio do próprio site.
Deste modo, as vantagens de criar um site são:
- Fornece uma plataforma estável para vendas;
- Controle sobre a apresentação do negócio;
- Permite investir no sucesso de longo prazo;
- Constrói a autoridade de domínio, por meio do SEO;
- Possibilita o alcance do topo das pesquisas;
- Inspira confiança nos clientes e traz credibilidade;
- Permite explorar o mercado global de usuários da Internet.
Ou seja, conciliar ambas as estratégias possibilita ampliar o alcance da marca de forma estratégica, com a garantia de um canal qualificado para centralizar esse tráfego.
Texto originalmente desenvolvido pela equipe Agência Webby.