Os incessantes estudos de combate ao novo coronavírus (COVID-19) não se limitam apenas a procurar o tratamento mais eficiente ou a melhor vacina. Há marcas que estão produzindo máscaras antivírus capazes de neutralizar e até mesmo eliminar o agente infeccioso.
No entanto, muitos têm dúvidas em relação ao embasamento científico do item e se realmente compensa investir na peça. Neste artigo, você encontra todas as informações sobre seu uso e eficácia. Confira!
Como funciona uma máscara antiviral?
A máscara antiviral possui uma formulação inteiriça de nanopartículas de prata, apoiada por uma superfície de proteção aniônica. Esta formulação foi desenvolvida com o intuito de impedir o aumento e a conservação de vírus e bactérias em superfícies.
Ao ser reduzida a uma escala nanométrica, o poder germicida da prata cresce exponencialmente. Dessa forma, a nanotecnologia empregada à máscara resulta na desativação instantânea de vírus. Além disso, ela também contribui para a replicação e a inibição de bactérias, classificadas como possíveis células hospedeiras para o vírus, que é um parasita intracelular obrigatório.
Quando o tecido entra em contato com um vírus, seja ele o causador da COVID-19 ou qualquer outro, ele se liga a este agente infeccioso e rompe seu envelope viral, desativando-o rapidamente.
Qual a diferença entre a máscara antiviral e a máscara de pano?
A máscara antiviral é um item fundamental durante a pandemia, pois além de impedir a contaminação direta, assim como as demais máscaras, ela também protege contra a contaminação cruzada ao desativar as bactérias e vírus em poucos minutos.
Para a máscara de pano, a recomendação é trocá-la a cada 4 horas e lavá-la, visto que os microrganismos podem se acumular na superfície, enquanto a máscara antiviral pode ser usada o dia inteiro. Vale ressaltar que, por possuir elastano em sua composição, a máscara antiviral se adapta melhor ao rosto em comparação às máscaras de pano, garantindo também um maior conforto, pois o elástico fica em volta da cabeça e não nas orelhas.
Qual a eficácia comprovada?
A primeira máscara antiviral e antimicrobiana do país oferece proteção de até 99.9% contra as cepas com que foram testadas. Nos testes, foram utilizados Herpesvírus (HSV) e Adenovírus, pois são os mais resistentes e também porque cada um deles representa uma categoria de vírus (sem ou com envelope).
A máscara foi analisada e recebeu laudos científicos que atestam sua eficácia contra o novo coronavírus. Além disso, o tecido também foi testado de acordo com as normas de qualidade internacionais (ISO 18184, AATCC 100 e ASTM E 2149), responsáveis por avaliar se uma peça têxtil possui capacidade antiviral.
A tecnologia também foi testada em uma pesquisa realizada por uma parceria entre o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Jaume I, na Espanha, com o objetivo de averiguar a eficiência da máscara antiviral especificamente contra o novo coronavírus.
Os resultados deste estudo comprovaram que as micropartículas são, de fato, capazes de eliminar 99,9% dos vírus de 2 a 5 minutos depois do contato. Segundo o químico e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Oswaldo Luiz Alves, os laboratórios onde este laudo é produzido possuem o maior nível de biossegurança.
“No Brasil, temos vários deles. E, neste momento, todos estão trabalhando fortemente em pesquisas relacionadas a diferentes aspectos da pandemia”, informa o especialista, que também é professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).