O crescimento do e-commerce e o futuro do varejo!

Se a pandemia teve um lado positivo foi o crescimento do e-commerce e a digitalização de diversas lojas físicas. Nunca foi tão preciso estar presente no formato online quanto agora.

Toda a preocupação do futuro do varejo que houve em meados de março, foi substituída pela entrada de milhares de novos consumidores online e novas lojas, também. Em 2020 o e-commerce brasileiro passou pelo o que os especialistas chamam de o ano da Black Friday.

E se a reabertura do comércio físico preocupava os lojistas online, esta mostrou-se uma preocupação desnecessária visto que o e-commerce continuou crescendo, mesmo em 2021 e as projeções para 2022 são ainda muito positivas.

Confira a seguir alguns números do crescimento do e-commerce desde o começo da pandemia e como isso vai impactar o futuro do varejo.

O E-commerce em 2020 e crescimento do e-commerce

Um ano nada comum, 2020 apresentou crescimentos recordes na área do comércio eletrônico. De acordo com a Associação Brasileira do Comércio Eletrônico, a Abcomm, entre o período de março e abril, foram registrados a abertura de mais de 100 mil novas lojas online.

A fim de não parar com as vendas, muitas lojas físicas se viram obrigadas a entrarem para o mercado digital e continuar as operações.

De acordo com a Webshoppers, o primeiro semestre de 2020 registrou recorde de faturamento em 20 anos de e-commerce, alcançando o número de 38,8 bilhões de reais, uma variação de 47% em comparação ao ano anterior.

Os consumidores adaptaram-se rapidamente a nova realidade e passaram a experimentar os benefícios e facilidades das compras online. O Mercado Livre América latina registrou 6 milhões de novos consumidores online durante a pandemia.

2020 foi um ano atípico para o e-commerce e, com recordes de vendas e números positivos. A abertura do comércio físico e o ano de 2021 preocuparam muitos que estavam surfando nesta onda do e-commerce, com medo de que a população voltasse com força ao comércio físico.

O crescimento contínuo do e-commerce

O e-commerce ainda não atingiu seu pico de crescimento. Representando apenas 5% do varejo físico, até 2019, as lojas virtuais ainda têm muito espaço para crescerem. Atualmente o e-commerce representa cerca de 11% do varejo físico. A previsão dos especialistas é que até 2022 – 2023 este número atinja a marca de 20%.

Com previsão de crescimento de 2 dígitos por pelo menos mais 10 anos, o e-commerce é um negócio que pode dar muito certo, desde que trabalhado de forma certa.

Apenas no primeiro semestre de 2021, o e-commerce faturou cerca de 50 bilhões de reais, número que pertence a praticamente o ano todo de 2019. O crescimento está sendo veloz e o momento para investir no comércio eletrônico é agora.

Qual o futuro do varejo?

Os brasileiros estão se digitalizando. Ainda há muito caminho a ser pavimentado, mas 2020 oferecer um empurrão para que mais adeptos tornassem suas lojas virtuais e trabalhassem esta modalidade.

A cada ano que passa, vemos o aumento da participação do mobile nas vendas online. Mais de 50% dos pedidos e faturamento já pertence ao mobile e o acesso precisa estar na mão dos consumidores, para poderem comprar quando quiserem e onde estiverem.

Tendências para os próximos anos mostram a facilitação da compra, sem que o consumidor precise perder tempo procurando o produto ou mesmo entendendo qual a função dele.

Quer saber algumas tendências para aplicar no e-commerce nos anos que estão por vir? Continue acompanhando nosso texto.

Tendências para o varejo

O brasileiro é um povo impaciente, que não gosta de esperar ou de processos complicados para adquirir o produto que deseja. Com o aumento do número de lojas virtuais, a concorrência também aumenta, afinal a loja não compete apenas com as vizinhas, mas com e-commerces de todo o Brasil.

Assim, vamos listar algumas tendências para o comércio eletrônico para os anos que estão por vir, para sua loja estar preparada.

Mobile

Como apresentamos nos dados de 2021, o mobile já lidera as vendas e pedidos nas lojas virtuais. Foi graças ao celular que a internet chegou a mais de 50% das casas brasileiras e é graças a ele que muitos brasileiros realizam as compras online.

Afinal, o dispositivo é prático e permite que as compras sejam feitas em diversos lugares. Estão sempre acompanhados de seus consumidores, por isso as ofertas podem ser personalizadas, pois e-commerce é sobre oferecer o produto certo, na hora certa, ao consumidor certo.

Ter a loja responsiva, ou seja, adaptável a qualquer dispositivo, é indispensável para quem quer continuar vendendo. Com o sinal de internet ainda falho em algumas regiões, mesmo de grandes metrópoles, sites leves e rápidos já são tendências.

O brasileiro não quer esperar para visualizar o produto. Caso demore, as chances de procurar uma outra loja com produto parecido, são altas.

Live Commerce

Muito popular na China, o Live Commerce é uma modalidade de compra e venda na internet que permite anúncios interativos.

Imagine poder comprar o sapato mostrado na série de sucesso do momento? Ao alcance de um clique, o live commerce começa a ganhar popularidade no país, e mostrou-se tendência para os próximos anos.

Por exemplo, com a aproximação do Halloween, data muito celebrada no exterior, e a popularização da série Sul Coreana da Netflix, Round 6, as vendas de vestimentas dos atores das séries subiu exponencialmente. As compras por influências estão sendo facilitadas.

Busca por voz

As buscas por voz ao invés de digitar estão aumentando e mostram-se tendências para os próximos anos. Itens como Alexa e Google Home que são assistentes de voz já são capazes de buscar até mesmo fazer compras para o consumidor, sem precisar que toque ou olhe nada.

O diferencial para o e-commerce é entender como pessoas buscam determinado produto quando falam. Afinal, escrevemos de formas diferentes de que falamos, por isso as lojas virtuais precisam se preparar caso queiram ser encontradas pelos assistentes de voz.

Bem como o uso do vídeo para encontrar produtos e averiguar a qualidade deles, através de análises de terceiros.

O autocuidado

Durante a pandemia setores de petshop, casa e decoração e esportes, cresceu muito. Com maior tempo em casa, os consumidores brasileiros teve maior tempo para atenção aos pets, a casa e a si mesmo.

E este autocuidado veio para ficar. A própria Black Friday entra como uma data de autopresentes. Ao contrário de datas como Dia das Mães, Pais, Namorados e Natal em que as buscas são para produtos para os outros, a Black caracteriza-se por presentes para si mesmos.

Investir nesse toque pessoal e da atenção consigo mesmo é uma tendência de consumo que está para se desenvolver ainda mais nos próximos anos.

O e-commerce é um mercado tão volátil, pois varia de acordo com o ambiente e com seus consumidores. Uma pandemia podia ter destruído o mercado, quanto pode deslanchar seu crescimento. E as lojas que se destacam são as que sabem acompanhar, rapidamente, estas mudanças e adaptarem-se às necessidades do consumidor.

 Artigo escrito por Carolina Kiuchi da Doutor E-commerce.