Os grandes avanços tecnológicos das últimas décadas não têm ficado exclusivamente restritos aos setores do marketing, internet ou empreendedorismo, a Indústria Siderúrgica também vem aproveitando as oportunidades de melhoria na produção oferecidas pelos sistemas e soluções que fazem parte da chamada Indústria 4.0.
Desta forma, este setor tem realizado grandes resultados ao implementar processos de produção mais otimizados, os quais só são possíveis graças às tecnologias disponíveis.
Vejamos então quais são os avanços tecnológicos e também os desafios da implementação dos novos sistemas dentro da Indústria Siderúrgica, compreendendo o seu atual enquadramento no cenário nacional. Confira!
A Indústria 4.0: os avanços tecnológicos na Indústria Siderurgia
A indústria 4.0, também conhecida como a 4ª Revolução Industrial, envolve um grande sistema de tecnologias avançadas como robótica, inteligência artificial, internet das coisas (IOT) e computação em nuvem, as quais são responsáveis pelas principais mudanças que estão ocorrendo nas formas de produção e nos modelos de negócios no Brasil e no mundo.
De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apesar de ainda estar em fase inicial de amadurecimento, as tecnologias pertencentes à Indústria 4.0 tem capacidade de movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos.
Para se ter uma noção da importância, as soluções advindas da IOT – como a gestão de manutenção de maquinário, telemetria avançada, geoprocessamento operacional e até a gestão de contratos – passaram a serem realizadas de modo descomplicado e com muito mais agilidade, garantindo a otimização do setor siderúrgico de forma geral.
Ou seja, esta tecnologia permite a intensificação dos processos de digitalização e automatização, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisão em tempo real para a indústria siderúrgica.
À nível de exemplo dentro da Siderurgia, podemos citar uma nova tecnologia que vêm sendo aplicada por algumas mineradoras, a chamada Tecnored.
Esta inovação tem a capacidade de aumentar a vida útil das minas e reduzir o impacto ambiental, pois permite que a extração de ferro-gusa (elemento fundamental para a produção de aço) seja realizada a partir de minérios de diferentes qualidades em barragens já exploradas, reduzindo assim a necessidade da abertura de novas.
Além disso, possibilita como consequência, um aumento de produtividade, diminuição de emissões de CO2, flexibilidade de matéria-prima e uma redução de até 30% nos gastos nos processos siderúrgicos.
Os desafios da tecnologia na Indústria Siderúrgica
Como já mencionado anteriormente, no Brasil a Indústria 4.0 ainda caminha devagar: de acordo com dados de 2018, apresentados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), menos de 2% das organizações do país estão verdadeiramente imersas em atividades práticas que envolvam as tecnologias 4.0. Isso muito provavelmente devido aos desafios enfrentados para a implantação, entre os quais podemos citar:
- Baixa segurança: um dos maiores obstáculos ainda é a vulnerabilidade existente no meio digital, dificultando a integração de uma enorme quantidade de dados em diferentes sistemas de forma estável, ou seja, sem o risco de ataques cibernéticos e coleta de informações privadas
- Falta de habilidade técnica: a dificuldade de profissionais que saibam manusear equipamentos tecnológicos e que possuam “destreza digital”, principalmente em indústrias manufatureiras e em indústrias mineradoras.
- Altos custos da implementação: alto valor agregado para implantar a maior parte dos sistemas ainda é uma grande questão para muitos empresários e donos de indústrias. Isso acontece porque muitos já estão acostumados a empregar determinada tecnologia e se sentem seguros para investir em novos sistemas.
Entretanto, apesar dos desafios, tudo aponta para que em um futuro próximo, essas tecnologias se tornarão ainda mais presentes na Siderurgia, promovendo otimizações e transformações fundamentais para este setor e outros.