Um grande investimento nunca deve ser feito baseado no instinto ou na emoção. Pode parecer um conselho óbvio, mas o número de pessoas que cai nesse erro é absurdo.
Às vezes, o negócio que você sempre sonhou em possuir, está sendo vendido por seu dono e seu impulso é mergulhar de cabeça.
Às vezes, você sente que está em uma maré de sorte e que aquele momento do mercado, é o único no qual se sairá bem em tudo que tentar. As possibilidades são muitas, mas é inegável: isso é sempre um erro.
Qual o primeiro passo?
Antes de qualquer investimento, deve-se avaliar o balanço patrimonial e toda a situação financeira da empresa. Isto é, deve-se saber se é realmente o momento certo para que se realize um grande investimento.
A empresa está com problemas com dívidas? As obrigações (contas a se pagar) estão mais pesadas do que deveriam? É necessário que a empresa conte com capital para situações de emergências ou já há estabilidade?
Avaliar o balanço é fazer a Avaliação de ativos e passivos. Isto é, qual é o real valor da empresa? Como definir se a empresa realmente está sendo um sucesso? Caso a empresa não esteja sendo um sucesso, é necessário que o investimento não envolva muitos riscos e tenha o potencial de levantá-la.
Isto é, a primeira dica é, antes de avaliar o investimento em si, olhar para a sua própria empresa. Não apenas pensar se há o dinheiro disponível, mas profundamente analisar o quadro geral para tomar uma decisão inteligente.
Muitas vezes, ainda que se valha do dinheiro necessário para uma empreitada, o investimento não é vantajoso.
O que consultar?
Não se deve pensar apenas nas vantagens que o investimento pode trazer e se elas valem a pena. É essencial que se saiba dos riscos. Por isso, a consulta processual é muito importante, no caso de compra de empresa.
Quando o dono da empresa muda, assume todos os direitos e obrigações. Isto é, as obrigações judiciais passam para ele. É crucial conferir se há um processo contra a empresa a ser comprada e qual seu andamento.
Se a empresa possui muitos processos trabalhistas a denunciando., se há alguma obrigação judicial de longo prazo pendente. Seria catastrófico comprar uma empresa, prestes a perder um grande processo criminal, obrigando o novo dono a arcar com as despesas que não lhe dizem respeito.
Em alguns casos, a opinião profissional se faz necessária. Caso haja apenas um processo ou surjam dúvidas sobre a gravidade, procure a Consulta Advogado Trabalhista.
O advogado será capaz de dar um diagnóstico, indicando se a empresa está sob riscos ou se é algo sem gravidade alguma. A cautela nunca é excessiva, quando se trata de decisões empresariais.
Caso os clientes da empresa sejam mantidos, é necessário avaliar cada um. Por exemplo, no caso de clientes internacionais se deve considerar o câmbio e o quão vantajoso é essa relação comercial. Isto é, talvez o motivo da empresa ser vendida seja o dinheiro perdido em transações internacionais.
Ao avaliar esse aspecto, não considere apenas o dolar para real, pois há muitos casos nos quais é melhor negociar diretamente com a moeda do país do cliente. Uma dica, é preferir estabelecer relações comerciais com países integrantes do Mercosul, que são:
- Brasil;
- Argentina;
- Paraguai;
- Uruguai;
- Venezuela;
- Bolívia;
- Chile;
- Peru;
- Colômbia;
- Equador;
- Guiana;
- Suriname.
Sendo que os cinco primeiros da lista são membros efetivos e o restante são associados. Essa preocupação é muito importante, mesmo para decidir qual banco cuidará da conversão monetária. A taxa e câmbio varia muito e essa decisão é delicada.
Afinal, algo simples como visitar a Argentina, muita vezes, gera dúvidas sobre comprar peso argentino no brasil ou não. Há dúvidas sobre primeiro converter para dólares, sobre esperar ou não até que se esteja muito perto do dia de viagem e tantos outros fatores.
Tudo isso se potencializa, com questões mais complexas. Resumindo, é necessário contar com ajuda profissional nessa decisão, acompanhando de perto todas as etapas do processo. Não tenha medo de pedir acesso ao histórico da empresa em todos os setores, nem em “perder tempo” com avaliações e consulta.
Nos tempos atuais, deve-se estar sempre blindado contra possíveis fraudes e preparado para oscilações na economia. Por fim, não se esqueça: avaliar a própria empresa é tão importante quanto analisar o investimento.